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Começamos há 15 anos, numa altura em que era necessário aproximar a investigação da produção e vice-versa. Um desafio enorme, uma vez que estes dois mundos têm formas de falar e tempos muitos diferentes. Apesar destes dois mundos diferentes, a verdade é que um não existe sem o outro e por isso tem sido possível ao Centro fazer as pontes necessárias para os aproximar, promovendo de forma intensa projetos de inovação aplicada, liderados pela produção. Conseguimos igualmente ganhar crédito em algumas áreas mais técnicas, que são a base dos serviços que prestamos e que começam agora a ser reconhecidos. O COTHN integra grupos de trabalho nacionais e internacionais nas mais variadas áreas, desde as alterações climáticas até à experimentação em mecanização agrícola. Ainda há muito a fazer e o desafio continua, pois pretendemos que o Centro seja o local onde se estruturam e organizam os resultados da investigação que é realizada na nossa fileira.
Em termos de pontos fortes destacaria a elevada diversidade regional do nosso país, os produtos altamente diferenciados, pelo sabor e aromas, e o elevado nível dos técnicos do setor. A falta de organização para a comercialização é algo que nos fragiliza imenso em termos de mercado, especialmente na exportação. Outro ponto fraco é a constante degradação dos preços da produção agrícola, face aos preços dos consumos intermédios. Em termos de oportunidades destaco a procura crescente de produtos de época, regionais e nacionais, nomeadamente da dieta mediterrânica, onde os produtos hortofrutícolas têm um papel essencial e a abertura de novos mercados, como por exemplo o caso da Colômbia para a pera Rocha. As principais ameaças são o aumento da intensidade de fenómenos climáticos adversos aos quais somos especialmente vulneráveis e a diminuição das soluções disponíveis em termos de proteção das culturas, que de alguma forma limitam a produção nos países do Sul da Europa. A instabilidade financeira que hoje assola o mundo tem igualmente impacto, especialmente ao nível das exportações e da redução da procura interna.
Em termos de prioridades e tendo em consideração o levantamento que fizemos junto dos nossos associados, conseguimos elencar algumas das questões mais importantes: criar mecanismos de comunicação de resultados de projectos de I&D que permitam que a divulgação dos resultados chegue ao setor numa linguagem aplicada e de forma concreta e dinâmica. A medição da eficiência do uso da água de rega continua a ser uma prioridade. É necessário encetar estudos para que se consiga de forma expedita e prática identificar as datas de colheita que permitam a melhor qualidade organoléptica, tendo em conta o tipo de conservação: curta, média ou longa conservação.
O nível de resíduo nulo começa já hoje a ser um requisito de muitos dos mercados para onde exportamos. Face a este cenário é imprescindível desenvolver e promover a utilização sistemática do controlo biológico de pragas e doenças.
O estudo de sistemas de condução que permitam o melhor aproveitamento dos recursos energia solar e solo, são fundamenteis para a qualidade e produtividade.
O ProTomate foi um projeto ProDer, tendo esta parceria sido liderada pela Agromais, envolvendo como parceiros, COTHN, FNOP, ESA de Santarém, Universidade de Évora, Instituto Superior de Agronomia. Posteriormente juntarem-se a esta parceria organizações de produtores: Benagro, Tomarraia, Tomataza, Torriba, Tomaterra, HC, Arneiros de Almeirim, Fruto Maior, Agrocamprest, Multitomate, APAVE, HSM, PROVAPE e Hortigold e das indústrias de transformação, as empresas Sugalidal, Italagro e a Lusosem.
Este projeto contribuiu para um maior conhecimento da Tuta absoluta na região do Ribatejo, estabelecimento da estimativa do risco e da tomada de decisão, através da gestão destes dados numa plataforma, que disponibiliza mapas de risco para a praga, contribuindo assim para um melhor posicionamento das intervenções fitossanitários e consequentemente uma melhoria na qualidade do produto.
Pretende-se continuar com monitorização da Tuta absoluta e seus inimigos naturais, acompanhar e estabelecer metodologias para a estimativa de risco e tomada de decisão para problemas fitossanitários emergentes na cultura (fungos de solo, nemátodos e infestantes, entre outros).
Com o apoio da Lusosem foi possível alargar em termos de território o projeto ProTomate a todas as OP de tomate na região do Ribatejo, permitindo trabalhar numa estratégia regional de monitorização da Tuta absoluta, tornando ainda possível a manutenção do projeto após o términus previsto. Consideramos que para a Lusosem esta parceria também foi importante, uma vez que a discussão permanente com os técnicos de campo lhes permitiu mais conhecimento sobre a praga, contribuindo para um melhor posicionamento da solução fitossanitária da Lusosem para esta finalidade.
O COTHN tem realmente feito um esforço para fornecer à fileira produtos que possam colmatar, essencialmente as finalidades mal cobertas ou a descoberto. A Lusosem tem sido sempre uma empresa com elevada disponibilidade para nos ajudar nestas situações.
O maior desafio em termos técnicos é reorientar o foco da produtividade para a qualidade. Face aos desafios que a produção enfrentam - stress abióticos, conservação-, julgo que há que repensar tecnicamente o pomar atual, no sentindo de fazer um uso mais eficiente dos recursos existentes (água, luz e solo), por forma a se obter um fruto de qualidade reconhecida. A produtividade é importante, mas não nos compensa produzir em quantidade, se o consumidor não conseguir ter acesso a um produto de qualidade elevada. Existe trabalho a ser feito em termos dos sistemas de condução, da gestão da água de rega ao longo do ciclo produtivo e na gestão da fertilização, não só para conseguirmos ter frutos que se conservem melhor, mas acima de tudo que consigamos ter pomares equilibrados, que decerto produzirão melhor e terão igualmente melhor resistência a ataques de pragas e doenças. A agricultura de precisão pode ser uma ferramenta muito útil na produção frutícola nacional.
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