Lusosem® e De Sangosse parceiros na Qualidade da Pulverização - Entrevista a Marc Hermitte

Marc l’Hermitte, responsável de desenvolvimento da De Sangosse para a Europa e África, acredita que o mercado dos adjuvantes vai crescer na União Europeia devido à maior dimensão das explorações agrícolas e ao maior conhecimento técnico dos agricultores.

 

 

 

O mercado dos adjuvantes está em crescimento na UE? Porquê?

 

O mercado dos adjuvantes cresce a cada ano, por diversas razões. Em primeiro lugar, porque em muitos países a dimensão das explorações agrícolas é cada vez maior e os agricultores precisam de soluções para tratar mais e mais hectares gastando o mesmo tempo. Frequentemente reduzem o volume de água e adicionam um adjuvante para garantir e maximizar a performance dos produtos fitofarmacêuticos. Por outro lado, há uma redução do número de produtos autorizados, pelo que o risco de resistências aumenta. Com os adjuvantes, os agricultores maximizam a eficiência e reduzem este risco. Por último, o mercado dos adjuvantes está em crescimento porque o conhecimento técnico dos agricultores europeus está a melhorar, hoje em dia estão muito mais conscientes da importância da qualidade da pulverização.

 

A nível mundial quais os países que usam mais adjuvantes? Como prevê que evolua o mercado europeu?

 

Nos EUA, Nova Zelândia e Reino Unido os adjuvantes valem cerca de 5% do mercado global de produtos fitofarmacêuticos, enquanto na França e na Alemanha o seu valor é de 2,5%. Estamos certos que o mercado europeu vai crescer, devido à maior tecnicidade dos adjuvantes, o que os torna mais relevantes para a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos a que são adicionados. O nosso objetivo é atingir os 5% do valor de mercado nos próximos anos.

Marc l’Hermitte, responsável de desenvolvimento da De Sangosse para a Europa e África

Marc l’Hermitte
Responsável de desenvolvimento da De Sangosse
para a Europa e África

 

 

Os adjuvantes foram já objeto de um Simpósio Mundial em Paris. São importantes no negócio da De Sangosse?

 

A De Sangosse trabalha há 22 anos no mercado dos adjuvantes, desde 1996. Em França temos uma quota de mercado de 35% e somos reconhecidos como especialistas em soluções de pulverização. Em 2017, faturámos 32 milhões de euros neste negócio e pretendemos atingir os 42 milhões de euros em 2020 (cerca de 10% da nossa faturação global). De facto a De Sangosse organizou um Simpósio Internacional em 2010. Muitos especialistas vieram de todo o mundo (Nova Zelândia, Itália, Brasil, EUA, Holanda) para apresentar os seus trabalhos em adjuvantes e qualidade da pulverização. A De Sangosse vai organizar o próximo simpósio, em parceria com a Associação Internacional para os Adjuvantes Agroquímicos em 2019. Esta associação representa pessoas e entidades que trabalham na formulação dos produtos e na investigação e desenvolvimento dos adjuvantes.

 

 

Quais as vantagens do uso de adjuvantes do ponto de vista da segurança do aplicador e do ambiente?

 

A deriva e o escorrimento são os principais problemas da pulverização. Hoje em dia é incontornável a adoção de soluções que minimizem estes problemas, com vista a reduzir o impacto ambiental e aumentar a segurança dos aplicadores. A De Sangosse tem 11 marcas/produtos com o selo “Anti-deriva” reconhecido pelo Ministério da Agricultura em França. O nosso adjuvante de topo é o Li700, graças à sua formulação à base de lecitina. O Li700 torna as gotas da pulverização mais homogéneas, o que contribui para reduzir a deriva e o escorrimento. Além disso, os adjuvantes aumentam a retenção dos produtos, ou seja, as gotas da pulverização aderem mais facilmente aos tecidos vegetais alvo da pulverização.

 

 

Que inovação introduz a De Sangosse nos seus adjuvantes? Dê exemplos de tecnologias usadas.

 

Do nosso ponto de vista não existe um adjuvante universal, que congregue todas as funcionalidades. É por isso que concebemos os adjuvantes em função dos produtos fitofarmacêuticos com os quais vão ser misturados, sobretudo tendo em conta o seu modo de ação. Num produto de contato, como o cobre ou o mancozebe, o objetivo é espalhar as gotas e proteger a substância ativa (s.a) durante o maior período de tempo possível. Criámos o Sticman, que contém um polímero à base de latex na sua formulação, protegendo a s.a., e simultaneamente contém um ingrediente com grande poder de dissipação, que garante uma proteção mais duradoura das plantas.

A Lecitina, reduz a deriva e ajuda à melhor penetração da s.a. na planta, mas de forma segura, sem toxicidade para os pomares, por exemplo. A De Sangosse tem vários produtos em pipeline, uma das nossas linhas de trabalho é conseguir maior umectância dos produtos, o que será muito útil para países de clima seca como Portugal.

 

 

Que estratégia de desenvolvimento prevê aplicar em Portugal, junto com a Lusosem, para aumentar o uso de adjuvantes?

 

“Ver mais além” é o nosso lema. Faremos demonstrações, ensaios e dias de campo, em diálogo permanente com as autoridades oficiais. Esta é a forma de conseguir cativar os agricultores para o uso de adjuvantes. Traremos soluções e maior eficácia à pulverização e, obviamente, melhores resultados na produtividade e rendimento dos agricultores.

Por exemplo, recentemente estivemos reunidos com especialistas na cultura do olival. Foram feitos ensaios e conseguimos melhorar a eficiência da pulverização, respondendo a alguns dos problemas identificados. O agricultor deve assegurar-se que além dos produtos, tem uma equipa que o aconselha tecnicamente, foi por isso que escolhemos a Lusosem para ser o distribuidor exclusivo dos adjuvantes DeSangosse em Portugal.

 

 

O uso de adjuvantes é algo bastante técnico. É importante ter formação para usar os adjuvantes?

 

É muito importante ter formação em qualidade da pulverização e adjuvantes, estes garantem o sucesso da aplicação. Há imensas variáveis a considerar para otimizar o tratamento fitofarmacêutico. Os adjuvantes são em muitos casos a solução para evitar problemas como por exemplo a dureza da água. Mas os adjuvantes são muito técnicos. É por isso que através da Lusosem garantimos que o conhecimento chega aos técnicos e agricultores.

 

 

Destaques:

 

  • «Através da Lusosem garantimos que o conhecimento chega aos técnicos e agricultores»

 

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