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A produção de pastone (silagem de grãos húmidos), assume um papel preponderante na rentabilidade das explorações leiteiras e deve ser encarada como um stock energético com custos significativamente mais baixos, se atendermos a uma mesma quantidade de energia disponibilizada.
Nos tempos que correm, os produtores pecuários de um modo geral e os de leite em particular, veem-se confrontados com novos desafios originados pelo preço das matérias-primas, e em particular dos cereais, os quais afectam muito negativamente a rentabilidade das explorações.
Em regra, para a produção de pastone, o grão deverá ter uma humidade que oscile entre os 28 e os 33% (com a aparição do ponto negro, não haverá mais deposição de amido no grão).
A um pastone com maior teor de humidade do grão, corresponde uma melhor digestibilidade do amido.
Por outro lado, teores baixos de humidade do grão levam a uma maior dificuldade de compactação do silo e à necessidade de fazer um processamento mais meticuloso do grão. Tal como ocorre com a silagem de milho (planta inteira), a silagem de pastone tende a aumentar a digestibilidade do amido à medida que o tempo de conservação aumenta!
Não são necessários investimentos suplementares para levar a cabo a tarefa, na medida em que o pastone pode ser ensilado com o auxílio de uma ceifeira debulhadora que por sua vez alimenta de grão uma automotriz adaptada com um tegão na sua frente e que mói o grão directamente para o silo ou para um reboque.
Outro processo consiste na moagem, através de um moinho que enche directamente um rolo em forma de salsicha. O inconveniente deste último método é que dificulta a mecanização da recolha do pastone para o unifeed. Já nos silos de trincheira, haverá que assegurar um dimensionamento que assegure uma remoção mínima diária de 10 a 20 cm na frente de silo, em função da temperatura ambiente, de forma a assegurar uma boa conservação.
Por último, importa referir que a utilização de inoculantes ou de conservantes à base de ácido propiónico, favorecem não apenas a fermentação, como a conservação da matéria ensilada.
A produção de pastone deve ser encarada como um stock energético da exploração, com custos significativamente mais baixos se atendermos a uma mesma quantidade de energia disponibilizada.
Em primeiro lugar, por kg de matéria seca (MS) produzida, a quantidade de energia disponibilizada pelo pastone é semelhante aquela que é facultada pela farinha de milho. Assim sendo, na tabela que se segue, temos os valores energéticos expressos em UFL/kg MS do pastone vs farinha de milho*
Concentrado Energético | UFL INRA 2018/kg MS |
Farinha de Milho | 1,33 |
Pastone | 1,28 |
Quanto ao custo de produção do pastone, os valores oscilam significativamente entre aqueles que se verificam na região norte, onde a quantidade de regas é menor e com um custo energético associado inferior e a região sul, com regas muito frequentes e custos associados à água utilizada e à energia, mais elevados. Tomaremos como valor médio de produção de pastone os 1.800€€/ha e um valor actual de 310€€/TM para a farinha de milho.
A tabela que se segue, baseia-se na quantidade de energia UFL/TM tal qual disponibilizada pela farinha de milho e a quantidade necessária de pastone (TM tal qual) para suprir esse mesmo montante energético:
Concentrado Energético | % MS | UFL/kg MS | UFL/TM |
Farinha de Milho | 87,6 | 1,33 | 1,165 |
Pastone | 67 | 1,28 | 0,858 |
Para igualar a mesma quantidade de energia disponibilizada por 1 TM de farinha de milho, necessitamos de 1.358 kg (tal qual) de pastone.
Tomando por exemplo práctico a rentabilidade em pastone da Sociedade Agropecuária Irmãos Ferreira Gomes em Paços de Ferreira, na qual a colheita de pastone, para um ciclo FAO 400 foi de 17,9 TM com 27,9% MS, corrigida a 33% de humidade do grão, a colheita representa 20,4 TM/ha. Com um custo de 1.800€€/TM, o valor da TM de pastone (tal qual) é de 88€.
Sabendo que será necessário fornecer ao efectivo 1.358 kg de pastone para igualar a quantidade de energia disponibilizada por uma TM de farinha de milho, chegamos à conclusão que o custo inerente à alternativa “PASTONE” é de 88 x 1,358 TM = 120€ contra os 310€ despendidos com a farinha de milho.
Resumindo:
*Fonte: www.feedtables.com
O processamento do grão destinado a pastone deve ter em conta a humidade do mesmo no momento da colheita
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