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O Projeto + ARROZ, inserido na ação 1.1 – Grupos Operacionais do PDR 2020, teve início no final de 2017 e terá uma duração de 3 anos (abrangendo 3 campanhas agrícolas), com o objetivo de encontrar soluções orientadas para a resolução do problema do controlo de infestantes, nomeadamente das espécies de Echinochloa spp., adequadas às diferentes zonas nacionais, através de uma abordagem sistémica, racional e integrada com foco na sustentabilidade da cultura do Arroz.
A cultura do arroz ocupa hoje mais de 29.000 ha em Portugal continental, realizada por aproximadamente 1.600 orizicultores. Na Europa (EU28) a área está limitada aos países mediterrânicos. Em 2013, Portugal representava cerca de 7% da área total de arroz (EU28) e era o quarto país produtor a seguir à Itália, Espanha e Grécia. A importância económica da cultura ronda os 50 milhões de euros, com uma produção suficiente para garantir 60% das necessidades dos consumidores portugueses, que anualmente consomem cerca de 15Kg (o consumo per capita nacional é o mais elevado da UE).
Apenas o arroz pode ser cultivado em locais onde outras culturas não são possíveis, tais como sapais, zonas alagadas, baixas e solos muito salinos, sendo a cultura fundamental para a gestão integrada destes ecossistemas particularmente sensíveis.
A monocultura do arroz e a utilização sistemática de herbicidas com os mesmos modos de ação ao longo dos anos está a causar grandes dificuldades aos orizicultores no controlo das infestantes. As infestantes são o principal fator biótico responsável pela perda de rendimento da cultura, provocando quebras de produção médias de 34%. Os herbicidas constituem o método de controlo mais eficaz, mas a sua sustentabilidade está comprometida a prazo, pela falta de herbicidas eficazes e pela crescente importância da resistência adquirida a herbicidas.
A regulamentação, cada vez mais rígida na avaliação dos pesticidas, a crescente preocupação da opinião pública sobre os seus efeitos na saúde humana e no ambiente e a ausência de herbicidas com novos modos de ação, explica a redução de soluções realmente novas para a cultura. De facto, há mais de 10 anos que não entram no mercado novos modos de ação. Esta situação aumenta o risco de resistência, provocando situações, cada vez mais frequentes em que os métodos químicos não são, por si só, suficientes para controlar as infestantes.
As milhãs (Echinochloa spp.) são consideradas as infestantes mais problemáticas da cultura do arroz nas principais zonas de produção em Portugal. Atualmente os herbicidas inibidores das enzimas ALS e da ACCase, como o penoxsulame e o profoxidime, constituem as principais substâncias ativas utilizadas para o controlo das milhãs. No entanto, a sustentabilidade destes herbicidas tem sido ameaçada pela ocorrência de populações resistentes em espécies inicialmente suscetíveis, que foram selecionadas por intensa pressão de seleção exercida pelos herbicidas em situações de monocultura e utilização intensiva do mesmo herbicida ou mesmo modo de ação. O maior problema associado à resistência aos herbicidas é a resistência cruzada, que consiste na perda de eficácia, não só do herbicida responsável pela seleção, mas que se repercute por outros herbicidas com o mesmo modo de ação (existem cinco famílias químicas de herbicidas inibidores da ALS, todas representadas no mercado do arroz), mas também a herbicidas diferentes e mesmo aqueles que nunca foram aplicados. Para selecionar medidas alternativas para o controlo de resistências é necessário diversificar os métodos de controlo, conhecer a biologia da espécie e também os mecanismos de resistência.
Cada vez mais a gestão das infestantes deve ser encarada com uma abordagem sistémica, integrada e racional através de estratégias que envolvem todo o sistema cultural com uma planificação no médio e longo prazo. A resistência pode ser prevenida e mitigada seguindo os princípios de Proteção Integrada, conjugando os métodos culturais disponíveis - rotação de culturas (com outros cereais ou leguminosas), a falsa sementeira, densidade de sementeira, variedades mais competitivas - com métodos químicos (mistura, sequência e alternância de herbicidas com modos de ação diferente). Estas práticas enquadram-se nas medidas preconizadas pela nova PAC como o ‘Greening’. Todavia em algumas regiões e tipos de solo não é técnica e economicamente viável a produção de culturas alternativas ao arroz. Neste projeto, propõe-se uma aproximação adequada a cada situação-tipo, considerando as características de cada região e parcela e sempre em última análise a sustentabilidade da cultura.
Encontrar soluções e estratégias adequadas à resolução do problema do controlo de infestantes nos arrozais nacionais, contribuindo para o uso sustentável dos pesticidas. Incluindo métodos químicos (estratégias de alternância, sequência e mistura de s.a. com MOA diferente), métodos culturais (falsa sementeira, densidade e data de sementeira, rotação de culturas) e métodos físicos (mobilização do solo). Estes sistemas de produção mais sustentáveis correspondem a novos itinerários técnicos da cultura, adaptados a diferentes situações edafoclimáticas e agronómicas, fundamentados numa base tecnológica e também económica.
O GO + Arroz tem como parceiros do consórcio:
Rotação cultural – 1º ano – Milho DRAP Centro 2018
Programa herbicidas pós-emergência COTARROZ 2018
Falsa sementeira DRAP Centro 2018
Falsa sementeira COTARROZ 2018
Rotação cultural 1º ano milho Cotarroz 2017
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