Localize o distribuidor mais perto de si:
Nos últimos anos temos assistido a uma notória evolução dos equipamentos de aplicação de fitossanitários. Bombas de baixa pressão, bicos de aplicação com as mais diversas funcionalidades, utilização de GPS, etc. Por outro lado, as empresas produtoras de moléculas de fitossanitários têm correspondido aos desafios ambientais do presente, com a criação de substâncias ativas cada vez mais eficazes e com menor dose de aplicação.
A necessidade de a agricultura se adaptar às novas exigências de sustentabilidade levou, nos últimos anos, a uma redução significativa do volume de calda aplicado por hectare. Em França, o volume de calda médio por hectare em aplicações de herbicidas é de 140 litros, enquanto nos fungicidas e inseticidas esse volume é de apenas 200 litros. Com estes volumes de aplicação a difusão no ar da calda aplicada é bastante reduzida, bem como a possível contaminação de águas subterrâneas e aquíferos de superfície.
A toda esta evolução juntou-se a necessidade de assegurar em todas as aplicações a máxima eficácia. Os adjuvantes “inauguraram”, um pouco por toda a Europa, um novo segmento de mercado muito especializado, e capaz de garantir a máxima eficácia das aplicações, quer por ação química sobre as caldas (pH, por exemplo), quer atuando sobre as suas propriedades físicas (como sejam a limitação da deriva, ou a expansão da gota que atinge o alvo).
Os adjuvantes são, assim, auxiliares altamente especializados da pulverização, não existindo neste segmento o “tudo em um”, devendo a sua escolha ser ponderada em função da ou das funcionalidades pretendidas.
Existem presentemente no mercado duas classes de adjuvantes, de acordo com a sua composição e finalidade:
1. Tendo por princípio ativo a lecitina de soja e o ácido propiónico, destinados a caldas de herbicidas e reguladores de crescimento:
2. Adjuvantes baseados em látex sintético, destinados a serem associados a caldas de fungicidas e inseticidas:
1. Climatologia
Deveremos ter especial atenção à intensidade e direção do vento no momento da aplicação, de forma a evitar sobredosagens na cultura tratada, ou efeitos fitotóxicos sobre culturas vizinhas. Por outro lado, não deveremos tratar quando o alvo se encontra molhado por uma orvalhada matinal, quando se prevêem chuvas nas horas seguintes à aplicação, ou quando a humidade atmosférica é muito baixa. As melhores condições para a aplicação dão-se normalmente ao início da manhã, ou no final do dia.
2. Equipamento de aplicação
Deve ser o adequado à aplicação em causa. Normalmente, em culturas extensivas faz-se por meio de uma barra com bicos de pulverização “de leque”, ou de “injecção de ar” também chamados de “anti-deriva”.
Presentemente, muitos fabricantes de bicos de pulverização aderiram à norma “ISO”, que permite relacionar diretamente o débito com a cor dos mesmos:
A escolha do tipo de bico (leque simples, ou de injeção de ar) deve ser ponderada em função do tipo de formulação dos herbicidas a utilizar, tendo em conta que algumas formulações por si mesmas têm tendência para produzir gotas de maior ou menor diâmetro:
Tendo em conta que os bicos de injeção de ar são chamados de anti-deriva devido ao tamanho “grande” da gota que produzem, os produtos com formulações do tipo EW, EO ou EC não são recomendados na aplicação com este tipo de bico.
A pressão de trabalho é fator de primordial importância, na medida em que esta se encontra intimamente ligada ao fracionamento da gota e por consequência aos fenómenos de deriva ou escorrimento que podem ocorrer. Na aplicação de herbicidas a pressão deve situar-se entre os 2 e os 4 bar. Aos fabricantes de pulverizadores fica desde já o desafio de passarem a lançar para o mercado manómetros limitados aos 10 bar. Os atuais (40 ou 80 bar) não permitem determinar com precisão pressões iguais ou inferiores a 4 bar. No caso de agricultores que necessitem de um equipamento misto para aplicação de herbicidas em culturas extensivas, e de inseticidas ou fungicidas com auxílio de “lança” (em castanheiros por exemplo), um esquema de distribuição da calda em “T” com torneiras e dois manómetros, um de 10 bar e outro de 40 bar, podem resolver de forma eficaz e económica a situação.
3. Quantidade de produto a aplicar/ha
Devem ser respeitadas as indicações do fabricante, tendo em conta que em muitos casos as doses variam em função das infestantes a combater ou das condições atmosféricas no momento da aplicação.
4. Volume de calda a aplicar
É presentemente o maior desafio que se coloca ao aplicador de herbicidas. A título de exemplo, refira-se que uma seara de cereal em pleno desenvolvimento tem em média uma capacidade de retenção de água (sem escorrimento) de apenas 400 litros/ha. Seguramente, as infestantes que combatemos numa fase muito precoce (3 ou 4 folhas) não conseguirão reter para além de 100 litros/ha. Altos volumes na aplicação de fitossanitários têm como consequência enormes perdas por escorrimento, potencial contaminação de aquíferos subterrâneos e de superfície, e uma real perda de eficácia dos mesmos. Se pretendermos aplicar 0,5 litros/ha de uma determinada especialidade fitofarmacêutica, e o fizermos com um volume de 100 litros/ha, a concentração do mesmo na calda é de 0,5%, enquanto que se o fizermos num volume de 600 litros/ha a concentração baixa para os 0,08%. Então, se perdemos produto por escorrimento e/ou deriva, e a concentração de substância ativa que fica efetivamente em contacto com o alvo é muito débil, teremos seguramente uma quebra de eficácia!
A determinação do volume de calda a aplicar por ha deve ser calculada em função do número de impactos que pretendemos obter por cm2, o qual varia segundo o tipo de fitofármaco que utilizamos:
A determinação do número de impactos bem como da sua uniformidade pode ser facilmente visualizada recorrendo ao auxílio de papel hidrosensível.
Normalmente, um volume de 150 a 200 litros de calda/ha permite atingir o objetivo, no que diz respeito ao volume de calda. A título informativo, relembramos que a média francesa em grande culturas é presentemente de 140 litros de calda/ha, em herbicidas, e 200 litros de calda/ha em inseticidas e fungicidas.
5. Qualidade da água que serve de suporte à elaboração da calda
Numa aplicação de herbicidas a água não é mais do que um “veículo” destinado a fazer chegar a substância ativa ao “alvo”, e em regra não é um meio “conservante”. Podemos afirmar que a generalidade das águas utilizadas em pulverização é de reação alcalina, mas nem mesmo as de reação neutra (pH 7) são um meio favorável à aplicação de herbicidas. No nosso quotidiano, podemos deparar-nos com diversos produtos com longos períodos de conservação e que têm por base um meio ácido (caso dos refrigerantes do tipo cola com um pH 2,5).
Por outro lado, a hidrólise alcalina está na base do processo de saponificação de gorduras para a produção de sabão (meio alcalino). Também não será “por acaso” que o melhor produto (N.R. Phytnet) do mercado para a limpeza de pulverizadores tem por base o amoníaco (pH 11,5) como princípio ativo e agente sequestrante de moléculas. Poderemos, assim, dizer de um modo genérico, que os meios ácidos são “conservantes” e os meios alcalinos “desagregadores”. Na aplicação de herbicidas a primeira preocupação a ter é a de baixar o pH da água que servirá de base à calda, e só depois deveremos juntar o produto comercial destinado ao combate das infestantes.
A acidificação de caldas destinadas a fungicidas e inseticidas não é uma prática recomendada!
Localize o distribuidor mais perto de si:
Rua General Ferreira Martins, n 10-9A
1495-137 Algés
Telefone: +351 214 131 242
Fax: +351 214 131 284
Chamada para a rede fixa nacional