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A Lusosem organizou, em conjunto com a Casa do Arroz, no dia 5 de Setembro, na feira Agroglobal, uma Mesa Redonda para discutir a “Inovação e Sustentabilidade na Cultura do Arroz em Portugal”. Perante uma sala cheia com mais de 100 participantes, os convidados da mesa redonda, representando os diferentes intervenientes da fileira, refletiram sobre os temas prioritários para a cultura. A Dow/Corteva Agriscience fez uma apresentação sobre o seu investimento futuro em soluções para o Arroz e a jornada terminou com uma degustação de Arroz Carolino pelas mão do Chef José Lino.
Na sessão de abertura, António Sevinate Pinto, administrador da Lusosem, afirmou que «a Lusosem é das empresas portuguesas que mais investe na cultura do arroz e continua profundamente comprometida com esta cultura», participando desde o início como parceira no Programa Nacional de Melhoramento Genético do Arroz e, mais recentemente, liderando o projeto + Arroz, com o objetivo de encontrar soluções para o problema do controlo de infestantes nos arrozais, adequadas às diferentes zonas nacionais, através de uma abordagem sistémica, racional e integrada com foco na sustentabilidade da cultura do arroz.
Painel da Mesa Redonda “Inovação e Sustentabilidade na cultura do arroz em Portugal”
«A Lusosem é das empresas portuguesas que mais investe na cultura do arroz e continua profundamente comprometida com esta cultura», António Sevinate Pinto, administrador da Lusosem
Pedro Monteiro, presidente da Casa do Arroz, respondeu que, nos últimos anos, Portugal triplicou as exportações de arroz, de 30 mil toneladas para 80.000 toneladas: «tem sido um caso de sucesso e pode dizer-se que a crise obrigou a indústria a procurar novos mercados, nomeadamente países do Médio Oriente, e conseguiu conquistá-los pela qualidade. E, se no início as exportações eram feitas em casca, neste momento a maior parte já é arroz branqueado. O valor médio de cada tonelada exportada é de 520€, mas no caso do arroz branqueado é de 600€».
A promoção do consumo do arroz português foi outro dos desafios enunciados no debate. A Casa do Arroz revelou que pretende promover o arroz Carolino, ex-libris nacional, nos países do Norte da Europa, onde o consumo de arroz per capita é reduzido. No mercado nacional, o aumento de vendas do arroz Carolino também requer «uma campanha promocional forte para que o consumo inverta a tendência atual, saindo do arroz Agulha e Basmati e regressando ao arroz Carolino».
Luís Souto Barreiros, senior adviser do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e responsável pelo Grupo de Trabalho da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais, explicou que uma das 20 medidas da Estratégia é a criação da marca “Cereais de Portugal”, com o objetivo de promover internamente o consumo dos cereais nacionais. No caso do arroz está prevista a rotulagem de origem obrigatória.
Luís Souto Barreiros salientou ainda alguns pontos que são críticos para a sustentabilidade económica da fileira do arroz: o reforço do papel das organizações de produtores, a ligação ao longo da fileira e a inovação e transferência de conhecimento.
Os palestrantes concluíram que as novas variedades portuguesas de arroz poderão dar um contributo relevante para o aumento e melhoria da produção nacional, pois são mais adaptadas ao clima das nossas regiões orizícolas. O presidente da Associação Portuguesa de Orizicultores (AOP), Joaquim Cabeça, considerou que o registo das duas primeiras variedades de arroz - Ceres e Maçarico - no Catálogo Nacional de Variedades «é um marco histórico com grande impacto». Desde logo porque nos ensaios realizados no Tejo, Sado e Mondego estas cultivares apresentaram produtividades acima das 6 toneladas/hectare e porque vai ser possível obter sementes a um custo muito menor. «O primeiro passo está dado, agora é uma questão de se continuar este trabalho», concluiu.
O presidente do INIAV, Nuno Canada, revelou que o Programa de Melhoramento Nacional do Arroz está muito dinâmico e em vias de apresentar outras novidades ao mercado: «hoje existem cerca de 1800 linhas em processo de seleção, das quais 300 já são avançadas e dessas há 145 em processo de ensaio. Gradualmente essas linhas vão chegando ao mercado e há quatro já muito próximas disso».
O painel foi unânime em considerar que a falta de soluções fitossanitárias eficazes para proteção do arroz contra pragas, doenças e infestantes é um fator limitante da produtividade e rentabilidade desta cultura. Ana Paula Carvalho, subdiretora geral da DGAV, defendeu que «é preciso resposta por parte da investigação, de modo a que tenhamos novas soluções para a cultura do arroz». As infestantes são o principal fator biótico responsável pela perda de rendimento na cultura do arroz, provocando quebras de produção médias de 34%. Os herbicidas constituem o método de controlo mais eficaz, mas a sua sustentabilidade está comprometida a prazo, pela falta de substâncias ativas eficazes e pela crescente importância da resistência adquirida aos atuais modos de ação. Paula Carvalho revelou que está prevista uma medida específica para monitorizar e trabalhar em equipa na avaliação das resistências de pesticidas e disse que «a cultura do arroz foi identificada como a cultura prioritária para se iniciar este projeto».
António Bravo, diretor comercial da Corteva Agroscience para Espanha e Portugal, apresentou o Rinskor Active, um herbicida de nova geração que deverá chegar ao mercado português em breve
Mais de 100 participantes assistiram à mesa redonda
Neste âmbito, António Bravo, diretor comercial da Corteva Agriscience para Espanha e Portugal, apresentou o Rinskor Active, um herbicida de nova geração que deverá chegar ao mercado português em breve, integrando o portfólio da Lusosem. Rinskor Active é indicado para controlo das principais infestantes do arroz: negrinha (Cyperus difformis), orelha de mula (Alisma spp) e milhãs (Echinochloa spp). O produto além de ter um excelente perfil a nível de Segurança (ambiental e consumidor) apresenta um modo de acção alternativo minimizando os problemas de resistências, requer baixa dose de aplicação e é selectivo para diversas variedades de arroz.
O evento terminou com um show cooking de arroz Carolino confecionado pelo chef José Lino que permitiu comprovar o potencial gastronómico deste tipo de arroz exclusivamente nacional
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