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Um evento coorganizado pela Associação Portuguesa de Horticultura e a Associação Brasileira de Horticultura, de 1 a 4 de Novembro, no Centro de Congresso dos ISCTE, em Lisboa.
O CLBHort2017 integrou quatro sessões plenárias, oito mesas redondas, 10 sessões orais, três workshops (uma prova de vinhos, uma prova azeites e uma sessão sobre sistemas de controlo inteligente do clima da estufa) e duas visitas técnicas (Alentejo e Oeste) e recebeu mais de 400 comunicações científicas.
Investigadores e empresas demonstraram no CLBHort2017 que a quarta revolução industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, já chegou ao setor da Horticultura. Empresas como a Sogrape ou a Herdade do Esporão, dois dos maiores produtores de vinho em Portugal, mostraram como gerem as suas vinhas com um nível de precisão impensável há uma década, usando estação meteorológicas, imagens de satélite do índice da vegetação das videiras, sondas de humidade de solo e modelos de previsão de pragas e doenças, com poupanças de recursos e melhoria da qualidade dos vinhos.
O azeite é um elo de ligação cultural e comercial entre Portugal e Brasil e mereceu, nesse contexto, especial destaque no CLBHort2017. Cerca de um quarto do azeite que Portugal exporta tem como destino o Brasil (34.208 toneladas exportadas em 2016), e mais de metade do azeite que o Brasil importa provém de Portugal. Apesar do baixo consumo per capita – cada brasileiro consome em média 150 ml de azeite /ano, um português consome 7kg/ano -, o Brasil é um mercado com grande potencialidade de crescimento no consumo desta gordura saudável. O segmento que mais cresce no Brasil é o mercado dos azeites virgem extra, categoria superior, de maior qualidade e valor acrescentado.
Na mesa redonda sobre entraves e perspetivas de importação e exportação de frutas e hortaliças, vários empresários do setor falaram nas suas experiências e negócios em Portugal e no Brasil. «A língua comum é uma vantagem nos negócios entre Portugal e Brasil. Há potencial para que Portugal seja uma plataforma de exportação de fruta brasileira para outros países europeus», reconheceu Luís Roberto Barcelos, presidente da Abrafrutas- Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados. Portugal é o 5º destino das exportações brasileiras de frutas (33.000 toneladas em 2016, 4% do total exportado).
A fileira vitivinícola é uma das mais competitivas em Portugal e um setor em crescimento no Brasil. As empresas Lusovini e Herdade do Esporão, que têm uma longa experiência na produção e venda de vinho dos dois lados do Atlântico, são exemplo das oportunidades de negócio entre os dois países. A performance dos vinhos portugueses no mercado brasileiro tem sido absolutamente notável nas duas últimas décadas (4,9% das exportações portuguesas de vinhos tem hoje como destino o Brasil). Além do aumento do volume de vinho exportado, conquistou-se o reconhecimento da sua qualidade, que teve um forte impacto na imagem do vinho português no mercado brasileiro. A margem de crescimento do consumo de vinho no Brasil é enorme, pois atualmente o consumo per capita é baixo, ronda os 2 L/habitante/ano.
Martin Stilwell, CEO do grupo HIT SPS, proferiu uma palestra sobre a situação atual e perspetivas futuras da fileira do tomate indústria. A ideia central da sua apresentação focou-se no facto de que desde 2008 existe uma estagnação do consumo de tomate processado no mercado mundial, que tem sido acompanhada pelo crescimento da produção de matéria-prima e aumento da capacidade industrial nos principais países produtores de tomate, nomeadamente os EUA (Califórnia), Espanha e Portugal. «É alarmante que desde 2010 a indústria tenha aumentado brutalmente a sua capacidade de processamento, enquanto o consumo cresce de forma muito modesta. Estamos a criar um problema grave para o futuro (…) vamos passar por um período de consolidação da indústria, sobreviverão apenas os mais competitivos», afirmou este empresário.
A organização do CLBHort2017 contou com o apoio do Instituto Superior de Agronomia, em Portugal, e da Escola Superior de Agricultura Luís de Queirós e Embrapa Hortaliças, ambas do Brasil.
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