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O agricultor deve tratar quando a praga ou doença atinge o nível económico de ataque. No caso dos herbicidas, por princípio, deve tratar o mais cedo possível. Deve considerar a máxima germinação (para evitar novos crescimento das infestantes após o tratamento) e a fase de desenvolvimento da cultura (para que a cultura aguente o tratamento sem danos). As condições climáticas no momento da aplicação são cruciais. É preferível fazer o tratamento de manhã cedo, quando a humidade relativa (critério nº 1) é muito alta, com vento fraco e uma temperatura entre 15 e 25ºC. Estas condições evitam que as gotas da pulverização evaporem durante o tratamento (perdas), garantem que o produto dispõe de mais tempo para penetrar nos tecidos vegetais (seca mais lentamente, por menor vento e maior humidade) e evitam a deriva. O orvalho não é um problema para a pulverização, apesar de todos termos aprendido na escola que os produtos fitofarmacêuticos devem ser aplicados em plantas secas. É algo absolutamente errado! O orvalho, através da evaporação, cria as condições ideais para a penetração do produto nos tecidos vegetais, gerando uma camada de humidade saturada na planta, o que proporciona as condições ideais para a penetração do herbicida.
Antoine Porte
Responsável de desenvolvimento
fitossanitário da De Sangosse
Os adjuvantes servem para ajudar quando nem todas as condições são as ideais. Ou seja, se usarmos um herbicida potente numa fase precoce de desenvolvimento das infestantes, que cresceram sem stress em condições climáticas perfeitas (tal como descrito anteriormente), então não precisamos de usar adjuvante. No entanto, com parcelas agrícolas cada vez maiores, a operação de pulverização é cada vez mais demorada. O agricultor pode iniciar o tratamento com as condições ideais de clima, mas entretanto estas podem degradar-se (o aumento da temperatura tende a criar vento e a fazer baixar a humidade relativa). É aí que os adjuvantes ajudam.
Todos os produtos fitofarmacêuticos podem beneficiar do uso de um adjuvante. Nos herbicidas de pós-emergência é consensual o benefício, mas inclusive nos herbicidas de pré-emergência alguns adjuvantes melhoram a deposição no solo, melhorando o controlo da germinação das infestantes. Nos fungicidas de contacto otimiza-se a retenção da pulverização e a aderência da substância ativa a toda a superfície dos tecidos vegetais, resistindo à lavagem pela chuva, graças ao efeito dos adjuvantes.
Os adjuvantes mono-funcionais são óleos que contribuem apenas para uma melhor penetração do produto nos tecidos vegetais, não atuam ao nível da retenção, molhabilidade ou adesividade. Os adjuvantes pluri-funcionais, como o Sticman, atuam a vários níveis: retenção, molhabilidade e, finalmente, adesividade, quando o produto seca. Os adjuvantes maxi-funcionais, como o LI700, vão mais além, conjugando múltiplos efeitos: molhabilidade, acidificação das caldas, controlo da deriva, retenção da pulverização no alvo e penetração nos tecidos vegetais. É por isso que os adjuvantes não são todos iguais e devem ser usados de acordo com a finalidade pretendida.
O tamanho ideal da gota de pulverização varia de 200 a 350 µm de diâmetro. Gotas abaixo de 100 µm nunca atingem o alvo, são levadas pela deriva, e gotas acima de 400 µm escorrem após atingir o alvo e acabam no solo. O adjuvante anti-deriva LI700 uniformiza o tamanho das gotas, dando maior volume às gotas demasiado pequenas e menor volume às gotas demasiado grandes, contribuindo para um melhor aproveitamento da calda.
Para responder a essa questão temos que ir um passo atrás: em laboratório quando se descobre uma nova molécula de um produto fitofarmacêutico, é testada a sua solubilidade em água. Se for solúvel, é formulada com água como solvente (formulação SG e SL), se não for solúvel são usados solventes lipofílicos (formulação EC). Todos os produtos formulados com água geram gotas pequenas e geram deriva. Neste caso devem ser usados bicos anti-deriva, no entanto, este tipo de bicos tendem a produzir gotas grandes que escorrem do alvo. O uso de um adjuvante com propriedades de retenção é aconselhável para reduzir este fenómeno.
Em primeiro lugar há que perceber a diferença entre pH e dureza da água. O pH da água indica se a água é neutra (pH7), ácida (ph<7) ou alcalina (pH>7). Este parâmetro é relevante apenas no caso de 9 substâncias ativas que se degradam com água alcalina (hidrólise alcalina). A dureza da água é medida pelos catiões (teor em ca++, Mg++, Fe ++), que têm 2 cargas positivas, podendo ligar-se a qualquer produto fitofarmacêutico formulado como grânulos dispersíveis. Em resumo, a acidificação da calda é útil apenas para 9 substâncias ativas, ao passo que a intervenção na dureza da água é útil para mais de 50 substâncias ativas. A maioria dos produtos é mais estável com água ácida.
Os produtos sistémicos, que se translocam para o interior da planta após penetração, necessitam de menos impactos por cm² do que os produtos de contato, que necessitam de cobrir toda a área do alvo. É aqui que os adjuvantes são úteis. Os adjuvantes com grande poder de molhabilidade compensam a falta de impactos, ajudando a dispersar o produto em toda a superfície da planta. Para atuarem de forma eficaz todos os produtos fitofarmacêuticos precisam de ficar retidos na superfície do alvo, evitando que as gotas da pulverização escorram da folha. É algo muito importante também no caso do uso de bicos anti-deriva, que geram grandes impactos, tendo as gotas menor probabilidade de permanecer no alvo durante a pulverização.
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