53 entidades criam Centro de Competências para tornar agricultura e florestas resilientes às alterações climáticas

Criação do Centro de Competências

 

 

Centro Nacional de Competências para as Alterações Climáticas do Sector Agroflorestal (CNCACSA) foi formalmente constituído, a 11 de Setembro, no INIAV, em Elvas.

 

Agricultores, investigadores e entidades da tutela unem-se em torno de uma estratégia comum para adaptar a agricultura e as florestas às alterações climáticas e mitigar os seus efeitos.

 

O Centro de Competências resulta de uma iniciativa da ANPROMIS, da ANPOC, da ADVID, da FENAREG, da FNOP e da UNAC, envolvendo 53 entidades representativas de todo o sector agroflorestal nacional.

 

Nos próximos meses será definido um Plano de Acção para o CNCACSA, que centrará a sua actividade em Inovação, Desenvolvimento e Investigação.

Ex-ministro da Agricultura, Capoulas Santos, assina protocolo de constituição do CNCACSA
Ex-ministro da Agricultura, Capoulas Santos, assina protocolo de constituição do CNCACSA

 

 

Manuel Heitor, e presidente do INIAV, Nuno Canada, na cerimónia de constituição do CNCACSA
Ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e presidente do INIAV, Nuno Canada, na cerimónia de constituição do CNCACSA

No colóquio que antecedeu a cerimónia de constituição do CNCACSA, Emanuel Dutra, investigador da Universidade de Lisboa e especialista em Climatologia, revelou que Portugal se encontra entre as zonas europeias com maior vulnerabilidade aos impactes das alterações climáticas, prevendo-se nas próximas décadas:

  • Amplificação dos extremos de temperatura;
  • Secas mais frequentes e prolongadas;
  • Redução da precipitação na Primavera, Verão e Outono;
  • Aumento dos fenómenos de precipitação extrema.

 

A agricultura e as florestas são das atividades económicas mais expostas à variação do clima e os seus efeitos negativos já são visíveis - quebras na produção de cereais por ausência de precipitação, perdas consideráveis na vindima provocadas por temperaturas acima dos 40ºC, etc, disseram as associações de agricultores presentes no colóquio.

 

 

«A gestão da água é a questão mais sensível, não pode haver produção de milho sem água» afirmou Jorge Neves, presidente da ANPROMIS, secundado pelo presidente da ANPOC, José Palha, que disse ser indispensável a prática do “sequeiro melhorado” nos cereais de Outono-Inverno, «a cultura mais afetada pelos fenómenos climáticos extremos».

 

José Manso da ADVID, representando os viticultores, garantiu que:

«Este Centro de Competências é importante para estudar os cenários climáticos e para nos prepararmos para o futuro, pois é a viabilidade do país – atividade económica e ocupação do território – que está em causa».

 

Centro Nacional de Competências para as Alterações Climáticas do Sector Agroflorestal

Entidades criam centro de competências

 

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