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A indústria agroalimentar é o maior setor industrial na Europa, com um volume de negócios de 1.098 mil milhões de euros. Em Portugal o setor emprega 109 mil trabalhadores, o equivalente a 16% do número total de trabalhadores de toda a indústria nacional. As exportações de produtos alimentares e bebidas cresceram cerca de 10% na última década, atingindo um volume de negócios de 4.500 milhões de euros em 2017. Os produtos mais exportados são vinho, azeite, tomate processado, produtos de padaria e peixe congelado.
Durante o evento foi sublinhada a importância das indústrias agroindustriais para o estímulo da agricultura nacional. «As indústrias são uma solução dentro da nossa região e para os agricultores nacionais, porque o consumo dos produtos mediterrânicos – pimento, tomate, beringela, etc- tem vindo a crescer face aos do norte da Europa (legumes verdes)», disse António Manso da Bonduelle, que tem uma fábrica de hortícolas congelados em Santarém, há 30 anos, cuja produção duplicou na última década, atingindo atualmente as 120.000 toneladas.
O painel de debate sobre “Comercialização e Consumo” gerou bastante interesse entre os participantes do simpósio. Pedro Franco, do departamento de qualidade da cadeia de supermercados LIDL, falou das exigências do mercado face às preferências do consumidor, sendo de assinalar a crescente procura por produtos hortofrutícolas biológicos, prontos a cozinhar e a consumir, com um foco no saudável. Razão que levou o LIDL a impor aos seus fornecedores de produtos alimentares vegetais requisitos mais apertados no que se refere aos limites máximos de resíduos (LMR) de pesticidas, ou seja, esta empresa exige apenas um terço dos LMR estipulados na legislação europeia.
Na mesa redonda, que encerrou o simpósio, na qual participaram a ANIPLA, a Bonduelle, a FNOP e a DGAV, Paula Carvalho, subdiretora da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), foi perentória: «parece-me inaceitável pedir aos agricultores para reduzirem os LMR a um terço do permitido por lei, pois a legislação europeia é das mais exigentes do mundo e nenhum LMR é admitido na UE se não for seguro para consumidor, por outro lado, ao reduzir a dose de produto (pesticida) este torna-se menos eficaz», acrescentando, «não ignoramos as exigências do consumidor, mas estas pressões não têm base científica e causam verdadeiros problemas aos agricultores».
Painel de debate sobre “Comercialização e Consumo”, do 2º Simpósio Nacional de Culturas Agroindustriais, organizado pela SCAP e a APH, com o apoio do COTHN, do CCTI e da FNOP
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