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A Lusosem participou no Dia Aberto do Arroz, organizado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro a 13 de Setembro, no Campo do Bico da Barca, em Montemor-o-Velho, que reuniu cerca de 150 participantes.
O Dia Aberto do Arroz, tradicionalmente organizado pela DRAP Centro, é uma oportunidade para divulgar o trabalho de experimentação realizado por este organismo público no âmbito do Programa Nacional de Melhoramento Genético de Arroz, do ensaio de variedades comerciais de arroz, entre outros. «O nosso objetivo é ajudar os orizicultores a escolherem as variedades com as melhores características para o Baixo Mondego», explica António Jordão, técnico responsável da DRAP Centro. A Lusosem participa há vários anos no Dia Aberto do Arroz e apoia os trabalhos de experimentação realizados no Campo do Bico da Barca.
Este ano estiveram em ensaio 10 variedades comerciais, entre as quais três novas variedades comercializadas pela Lusosem: “Fedra” (rizoto), “Crono” (médio) e “Centauro” (redondo). O objetivo foi testar o comportamento agronómico, determinar o rendimento industrial e a produtividade do arroz em Portugal. Até à fase de início de maturação (momento do ciclo de desenvolvimento do arroz em que o dia de campo ocorreu) as variedades apresentadas pela Lusosem demostraram bom vigor, bom afilhamento, tolerância a pragas e doenças e tiveram um ciclo ajustado às condições edafoclimáticas da região do Mondego. Segundo o departamento de Desenvolvimento da Lusosem: «São três variedades com interesse potencial para novos mercados externos onde a indústria portuguesa de arroz está a entrar».
Do ensaio de variedades comerciais também fizeram parte as duas novas variedades portuguesas recentemente inscritas no Catálogo Nacional de Variedades – “Ceres” e o “Maçarico”. No ano passado, o Maçarico foi das 10 variedades a que apresentou maior produção – aproximadamente, 10 toneladas/hectare à colheita -, o que para as condições do Mondego é bastante bom», disse António Jordão à Info Lusosem, no início de Novembro. O responsável técnico da DRAP Centro realçou também o «comportamento excecional do Ceres e do Maçarico em termos da resistência à piriculária, sobretudo num ano em que os ataques desta doença no Baixo Mondego foram particularmente severos».
A generalidade das 64 linhas avançadas (genótipos) de arroz em teste no Campo do Bico da Barca mostrou resistência à piriculária, «mesmo aquelas variedades que não levaram qualquer tipo de tratamento fungicida».
O Campo do Bico da Barca é um dos locais em Portugal onde decorrem os ensaios do Programa Nacional de Melhoramento Genético de Arroz, albergando 680 novos genótipos (linhas segregantes e linhas avançadas) de várias gerações de variedades de arroz e também integra a Rede de Ensaios de Adaptação (REA) de Arroz.
Os ensaios da REA viabilizam anualmente a avaliação agronómica e a avaliação da qualidade tecnológica das linhas avançadas que provêm do Programa de Melhoramento do Arroz nas 3 regiões portuguesas produtoras de arroz (Mondego, Tejo e Sado). Em 2018 fizeram parte da REA 11 linhas avançadas e 2 testemunhas (variedades comerciais Ariete e Sprint).
Os investigadores depositam esperança de que possa entrar para o Catálogo Nacional de Variedades, no ano 2019-2020, «um novo arroz carolino que tem demonstrado parâmetros de produção interessantes, apesar de ter um ciclo de produção mais longo do que as testemunhas», explicou António Jordão, sem querer ainda revelar o nome da variedade.
A Lusosem participa há vários anos como patrocinadora e apoiante do Programa Nacional de Melhoramento Genético de Arroz, fornecendo sementes que servem como testemunha nos ensaios e herbicidas (no caso tratou-se do produto Viper Max) para controlo de infestantes dos campos de ensaio.
O Campo do Bico da Barca é também o local onde decorrem dois ensaios do projeto GO + Arroz, liderado pela Lusosem e no qual DRAP Centro é parceira. Os ensaios em causa testam a falsa sementeira e a rotação cultural como estratégias de controlo de milhãs (espécie Echinochloa spp.) na cultura do arroz, visando a gestão da resistência adquirida aos herbicidas. A Lusosem apresentou os resultados do primeiro ano dos ensaios no Dia Aberto do Arroz.
A falsa sementeira consiste em preparar os canteiros como se fosse semear o arroz, espera-se que as infestantes germinem, para imediatamente as controlar, de forma mecânica ou outra. Só depois se faz realmente a sementeira pretendida. O objetivo é reduzir substancialmente a pressão da primeira geração de infestantes.
O esquema de rotação a três anos, preconizado no ensaio, alternando arroz-milho-milho, visa baixar a pressão de infestantes, sem pôr em causa o rendimento do agricultor pela opção cultural adotada.
Gonçalo Canha, membro da equipa de Desenvolvimento da Lusosem
Campo de ensaio com novas variedades de arroz Lusosem
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